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Debate sobre prevenção ao suicídio chega à Câmara Municipal de Mariana

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Participantes da reunião que debate ações de prevenção ao suicídio.

Os dados são alarmantes: somente este ano foram registradas pelo sistema consolidado de saúde 63 notificações de tentativas de suicídio em Mariana. O debate sobre a necessidade do avanço das políticas públicas sobre o tema ganham ainda mais força no segundo semestre com a chegada do mês de setembro, escolhido o período para prevenção ao autoextermínio.
Pensando nisso aconteceu, na Câmara Municipal de Mariana, nesta quinta-feira, 08, uma reunião para exposição de índices locais sobre o tema e alinhamento de ações municipais. O encontro foi requerido pelo vereador Juliano Duarte (Cidadania) e contou com a participação de representantes do Hospital Monsenhor Horta – Fundação São Camilo, da Secretaria Municipal de Saúde e do Corpo de Bombeiros Civis de Mariana.

“É muito importante que quebremos o tabu e que o suicídio seja amplamente debatido por todos os integrantes da sociedade, entidades e poder público. Os números são alarmantes e refletem a angústia silenciosa que muitas pessoas passam. Nosso compromisso, a partir deste primeiro encontro, é focar na elaboração de uma lei que visa a promoção de ações de prevenção do autoextermínio. Em breve vamos apresentá-la ao plenário”, afirmou Juliano Duarte.

Dados – O Brasil segue na contramão do mundo. Enquanto os índices caem em boa parte dos países, a taxa entre adolescentes que vivem principalmente nas grandes cidades brasileiras aumentou 24% em dez anos. Em Mariana das 63 tentativas de suicídio registradas este ano 13 foram do sexo masculino e 50 do feminino, e a maior parte deles de jovens entre 10 e 19 anos.

Já quando revelados os dados de mortes decorrentes das tentativas de suicídio, também há preocupação. No ano passado foi registrado um óbito, em 2017 foram seis, em 2016 foram 03 e em 2015 foram quatro casos.

Ações – Todas as unidades públicas de saúde de Mariana e o Hospital Monsenhor Horta estão capacitados para receber este tipo de paciente e dar a ele o encaminhamento e amparo psicológico, médico e social. As equipes passam por constante treinamento com base no reforço da abordagem e acolhimento, além de indicações e acompanhamento dos tratamentos.

Mas nenhuma dessas ações, de forma individuais, são suficientes para causar o declínio dos índices. Falar sobre o assunto é fundamental. Caso você esteja passando por um momento de angústia ligue para o 188 e fale sobre o assunto.

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